terça-feira, 6 de maio de 2014

Sedentarismo - Terceira Idade


    Certas áreas do conhecimento humano evoluíram consideravelmente nos últimos trinta anos, destacando-se tecnologia e medicina. Ambas afetam diretamente a vida em diversos aspectos como modo de vida, longevidade e qualidade de vida, entre outros. Com os avanços e descobertas da medicina e da indústria farmacêutica, a expectativa de vida do ser humano vem crescendo exponencialmente nas últimas décadas. Todavia, não basta viver por mais tempo, há que se buscar viver com qualidade e funcionalidade.
     Atingir ou não boas condições de vida na terceira idade depende de variados fatores como genética e hábitos de vida. Ainda não dominamos a manipulação genética, mas quanto aos hábitos de vida pode-se refletir bastante e construir um caminho proveitoso. Usando de comparações, pode-se dizer que os hábitos de vida de um indivíduo são como suas finanças. Pequenos investimentos ao longo da vida podem trazer lucros significativos mais à frente. E a boa notícia. Nunca é tarde para investir!
    Assim como no mercado financeiro, é preciso tomar cuidado com os investimentos. Feitos de modo incorreto acarretarão prejuízos. Portanto, orientação no momento de investir é fundamental para garantir a rentabilidade desejada.
    Como no sedentarismo infantil, o idoso inerte acumula problemas de saúde. E neste caso há um agravante, as consequências psicológicas. Inúmeras pessoas ao chegar em idades mais avançadas se sentem inúteis e se deixam entrar em depressão. A atividade física, além do benefícios fisiológicos, estimula a socialização e o convívio. Alcançar qualidade de vida não se trata apenas de desenvolver boas condições físicas, sem uma boa saúde mental o corpo perece.
     O receio de movimentar o corpo também é um fator limitante, já que cria-se a ideia de que o idoso não pode quase nada em termos de atividades físicas. Excluindo possíveis limitações clínicas, a pessoa na terceira idade pode tudo aquilo que seu condicionamento físico permitir! O referencial restritivo é o bom senso e o conhecimento teórico-prático do profissional que estiver orientando o idoso. De resto, penso ser a indicada a fórmula que já comentei anteriormente. Conciliar prevenção e funcionalidade com a ludicidade.
     Antes de encerrar, há um tópico relevante quando se trata de atividade física na velhice. Ainda é comum restringir a prescrição de exercícios à prática de atividades aquáticas, execrando quaisquer outras. Na minha opinião, um erro grave. O excesso de zelo pode custar caro quando se exclui atividades que estimulam a produção óssea e/ou o aumento de massa magra em idosos. Nada contra hidroginástica, pelo contrário. Mas deve-se tentar conciliar com atividades que gerem impacto nos tecidos ósseos. Acredito ser o treino de força o mais indicado. Na sala de musculação controla-se praticamente todas as variáveis intervenientes como número de repetições, carga, número de séries, posição do corpo e ângulo, velocidade e amplitude de movimento. Dessa forma o trabalho torna-se mais eficaz no auxílio do tratamento de condições comuns à faixa etária, como osteoporose e perda de força e massa muscular, por exemplo.   

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